Um dos grandes desafios para pequenas empresas, ao se posicionarem no mercado, é saber por onde começar. Devemos partir do início com perguntas básicas como: qual será o nome e como será a identidade desta empresa?
É nesse momento que muitos empreendedores pecam e acabam começando da maneira mais difícil, tomando decisões equivocadas e agindo pelo “achismo˜, pois ainda acreditam que a comunicação é um item da lista dos “opcionais” de uma empresa, quando na verdade, este item deve estar na lista dos “obrigatórios e indispensáveis” para todos que desejam obter resultados positivos com suas estratégias. “Mas como saber se a minha empresa está se comunicando de maneira efetiva?” Ou, “Como saber se a maneira com que eu pretendo me comunicar está correta?” Estas são perguntas pertinentes e difíceis de serem respondidas de maneira geral, não há uma fórmula mágica ou receita de bolo para se obter o sucesso, mas, é fato comprovado que se não houver estratégia e assertividade, as chances de fracasso são agravadas.
Para saber se de fato você está no caminho certo, elenque alguns quesitos que chamam a atenção em uma empresa e determine sua relevância para o êxito da mesma. Por exemplo: por que a empresa “x” consegue ser reconhecida apenas pelas suas cores? Isso é identidade! E não apenas isso, está atrelada a um conjunto muito maior de fatores e itens que levaram a marca “x” ao sucesso. Fatores esses que devem ser analisados desde o escopo até a execução de um projeto de marca.
O McDonald’s não detém a patente das cores vermelho e amarelo, porém, o inconsciente coletivo associa essas cores imediatamente à marca. Isso foi construído com muito esforço de comunicação, estratégias e objetivos claros, mas se engana aquele que pensa que apenas grandes empresas podem chegar a esse nível. Para isso, basta que se mantenha em toda a existência da marca, a unidade e harmonia entre toda a comunicação. Imagine se por exemplo, a Coca-Cola resolvesse mudar toda a estratégia, e ao invés de vender a ideia da “família feliz” começasse a enfatizar os esportes? Isso seria no mínimo polêmico, e não transmitiria nenhuma verdade ao consumidor.
Quando digo “verdade”, entenda como: ideologia, pensamentos, ideais, visão, missão e valores por exemplo. Se sua marca vende o mesmo produto de diversas outras empresas, mas tem um diferencial, mesmo que seja pequeno, explore-o! Transforme um pequeno diferencial em uma grandiosa vantagem, mas nunca se esqueça de ser verdadeiro, de deixar claras suas limitações e vantagens e trilhar, a partir disso, o melhor caminho para a sua marca.
Muitas marcas se diferenciam por apenas oferecer o que o consumidor deseja receber, não precisa ser “premium”, “vip” ou coisas do tipo, basta ser verdadeira. Como exemplo temos a Nike, que não precisa ter um grande esforço de campanhas focadas em promoções e nem mesmo em seus produtos, vendendo apenas o ideal de incentivo à prática de esportes. É o que o consumidor espera, um benefício verdadeiro, sem táticas mascaradas. Obviamente, em determinado momento, esse público fica tão familiarizado com a marca, que pode se tornar consumidor ou até mesmo um “advogado da marca”, aquele que briga com unhas e dentes para defendê-la no meio virtual.
O consumidor atual quer a verdade, nada além disso, e sem uma estratégia de comunicação para criar uma identidade fica impossível repassar qualquer mensagem, é o mesmo que tentar estabelecer uma relação unilateral, é ineficaz. Para que fique mais fácil, antes de mais nada, é imprescindível que se tome o devido cuidado ao criar a sua marca. A identidade de uma empresa vai, desde a tipografia, até as cores do símbolo e ainda além, como você pode conferir nesse post sobre criação de logotipos clicando aqui. Após cria-la, é obrigatório se ater às características desta identidade. São muito comuns os casos onde o empreendedor acaba tomando diversos caminhos desalinhados de comunicação visual durante toda a jornada da empresa e isso deixa o consumidor confuso, pois ele não vai adivinhar que a sua marca muda de identidade em toda campanha e, certamente, ele não vai fidelizar com marcas que mudam de visual assim como uma pessoa muda de roupa.
Essa troca de visual constante pode ser tão prejudicial quanto àquelas marcas que vendem o mesmo produto, atendem o mesmo segmento e criam embalagens e identidades muito similares à das grandes marcas, por mais que um olhar rápido seja capaz de identificar qual é qual na gôndola de supermercado, por muitas vezes, em um pequeno momento de desatenção, somos induzidos ao erro. Esse é um cuidado que vai não apenas no quesito de exclusividade, mas também de afirmar sua identidade de marca e não ser apenas mais uma no meio de uma multidão, se destacar e manter sempre explícita a verdade da sua empresa. Tendo isso tudo em mente, certamente os esforços direcionados a comunicação nunca serão em vão e com toda certeza trarão resultados muito maiores do que apenas agir pelo “achismo”.
Em resumo, toda comunicação deve ser estratégica, embasada e deve estar atrelada a um objetivo. Portanto, criar uma identidade fixa deve-se estabelecer como item obrigatório na gestão de toda e qualquer empresa. Lembre-se que o balanço trimestral clássico pode estar no azul, mas se a percepção de marca for negativa, esse quadro pode mudar rapidamente de figura.
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