Fique tranquilo, fazer um briefing não é nenhum bicho de sete cabeças, você vai perceber. Porém, é importante que ele seja visto com carinho e atenção, afinal, ele é parte fundamental de qualquer planejamento.
Embora essa etapa ainda seja muito negligenciada por alguns profissionais, quando colocamos ela em prática, é possível perceber a sua importância e a diferença que faz no decorrer da execução do projeto. Se tornando então indispensável.
Se você está buscando saber mais sobre o que é briefing, como fazer um briefing ou até mesmo quer se aprofundar mais no assunto com dicas práticas, continue lendo o artigo. Nele falaremos sobre os seguintes assuntos:
1– O que é briefing?
2– Como fazer um briefing?
2.2– Como fazer um briefing com um cliente?
2.3– Como fazer um briefing para uma equipe?
3– Quais perguntas fazer em um briefing?
3.1– Briefing para criação de campanha promocional
3.2– Briefing para criação de artigos de blog
3.3– Briefing para criação de site
1 – O que é briefing?
Briefing é um termo em inglês, que traduzindo significa “resumo”. Portanto, na prática, podemos dizer que um briefing é um compilado das informações mais importantes para que um projeto seja executado.
O briefing está tão presente no nosso cotidiano, que muitas vezes nem percebemos que estamos “brifando” alguém sobre algo. Porém, embora ele possa acontecer de forma natural, existem algumas dicas e boas práticas que podemos realizar para que seja não só um briefing, mas sim um briefing eficiente.
Ele pode ser utilizado de diversas formas, em diferentes situações e em diversos segmentos, como na arquitetura, design, marketing, etc. Nesse artigo irei mostrar sobre como o briefing está inserido no contexto de agências de publicidade.
2 – Como fazer um briefing?
2.1 – Briefing com clientes
Um briefing pode ser feito de duas formas, para ficar mais claro, vou dar um exemplo:
Digamos que a sua agência está fazendo o onboarding de um novo cliente. Nesse caso, temos a opção de que o próprio cliente passe um briefing sobre a empresa, ou a agência pode realizá-lo com o cliente.
Não posso afirmar que um é melhor que outro, pois em determinadas situações o briefing que o cliente te passará pode ser suficiente. Porém, em todos os casos a segunda opção é mais assertiva e eu vou te explicar o porquê.
Precisamos lembrar que um briefing é a base para a execução de qualquer projeto. É necessário que todos os envolvidos no projeto tenham clareza sobre o que será feito, quais as particularidades, pontos para ter mais atenção, quais as expectativas do cliente em relação a entrega, etc.
Portanto, é um documento que precisa ser completo, a ponto de ser esclarecedor para todos que tenham contato com ele.
Quando deixamos para que o cliente nos passe um briefing, terão pontos que ele pode não abordar, pois na realidade nem sabe que são relevantes para a estratégia que será desenvolvida.
Por isso, o ideal é que uma pessoa da agência, normalmente um profissional de atendimento publicitário, conduza o briefing.
E quando eu digo “conduza”, é por que o melhor dos cenários é que esse briefing seja feito por meio de uma reunião com o cliente. E não apenas por exemplo enviando um formulário para que ele responda as perguntas sozinho.
Isso porque as perguntas podem ser interpretadas de forma errada, ou a resposta dada pode não ser suficiente. Já por meio de uma reunião, temos a oportunidade de provocar o cliente para que ele mesmo reflita mais a fundo, até chegarmos no ponto que queremos.
DICA: Aqui temos um mantra que repetimos mentalmente antes de qualquer briefing: “Não saia da reunião com dúvidas“. Isso é importantíssimo.
Tenha em mente também que não existe pergunta “boba” nessa hora, não! Não fique acanhado de perguntar algo que parece óbvio e causar uma má impressão.
Na realidade, mostrar-se genuinamente interessado e curioso sobre a empresa ou sobre o segmento de atuação do cliente pode ser muito positivo, pois traz tranquilidade para o mesmo de que você de fato compreendeu o negócio dele e que será capaz de seguir com um projeto alinhado.
2.2 – Briefing para a equipe
Agora, fugindo um pouco desse cenário em que fazemos o briefing com um cliente, vale falarmos também sobre os briefings que acontecem no nosso cotidiano, ao repassar a demanda para um profissional internamente, ou para a equipe.
Esse briefing é um pouco diferente, afinal, ele já é parte da ponte feita pelo profissional de atendimento entre cliente e equipe. Ou seja, após realizar o briefing com o cliente, cabe a esse profissional “traduzir” para a equipe que irá trabalhar no projeto.
Esse briefing pode ocorrer de forma escrita, ou por meio de uma reunião. Mas para ambos os casos a regra é a mesma: repasse todos os detalhes pertinentes para que todos estejam alinhados e não faltem informações durante a execução.
Eu, pessoalmente, gosto de fazer os dois sempre que possível. Detalhar por escrito e realizar uma reunião para explicar a demanda e já sanar as possíveis dúvidas.
DICA: Aqui é interessante observarmos a forma que estamos explicando a demanda, pois para quem fez o briefing com o cliente, a informação já está consolidada, já está clara.
Porém lembre que pode ser o primeiro contato da equipe com o assunto, então não seja simplista na explicação. Quanto mais didático e detalhista, melhor.
Já no briefing escrito, é legal pensar de forma cooperativa. Reúna tudo que possa ser necessário para a execução, além da explicação, é claro.
Por exemplo, se possível, deixe “na mão” links que precisarão ser usados, referências e qualquer outra orientação importante. Afinal, quanto mais informações tivermos disponíveis e de fácil acesso a respeito do job, menos tempo o responsável irá perder tirando dúvidas, ou buscando informações externas (correndo também o risco de ir na direção errada).
Dessa forma, reduzimos as chances de erros na parte operacional, já que está tudo “mastigado”, reduzindo consequentemente a taxa de retrabalho na equipe.
Bom, é possível percebermos que o briefing está totalmente presente no nosso cotidiano, até sem perceber muitas vezes estamos “brifando” alguém sobre algo. Dessa forma, o briefing se torna uma peça fundamental para qualquer planejamento.
Afinal, iniciar um projeto no escuro, sem compreender detalhadamente o cenário, é um “tiro no pé”, pois corre uma chance muito alta de fazer algo que esteja desalinhado ou que não traga os resultados obtidos. Por isso considere que o tempo utilizado para fazer um briefing bem feito é na realidade um “investimento”, pois toda a execução irá correr de forma mais rápida e assertiva.
3 – Quais perguntas fazer?
Conforme a demanda, é interessante mapear todos os detalhes que precisam ser analisados antes do briefing, pois as perguntas podem variar. Por exemplo:
3.1 – Briefing para criação de campanha promocional:
1- Começando pelo básico: quais as condições da promoção? Data de início e término, regras para obter o desconto, quais os produtos válidos, etc.
2- Verba disponível para a campanha: isso é essencial para orientar o cliente sobre onde investir o valor e até mesmo alinhar as expectativas do mesmo em relação aos resultados.
3- Tipos de mídia em que a campanha será veiculada: é interessante compreender se o cliente já tinha alguma expectativa, por exemplo: já tinha em mente realizar a veiculação por meio de Outdoor. Além disso, vale refletir quais são as mídias mais estratégicas de acordo com a campanha, buscando sempre aplicar a verba disponível da melhor forma possível.
3.2 – Briefing para criação de artigos de blog:
Os artigos devem ser criados com textos compostos de intencionalidade em todos os aspectos. Afinal, por ser uma opção dentro do marketing de conteúdo, ele deve estar se comunicando com a persona de um negócio, ou seja, um potencial cliente da empresa.
Para isso, é necessário compreender sobre o negócio, os produtos, quem são os clientes e quais são suas “dores” e preocupações, como elas tentam solucionar esses problemas, pelo que buscam nos mecanismos de busca, etc.
3.3 – Briefing para criação de site:
Para um site institucional, é essencial entender inicialmente sobre o que é a empresa/instituição, quem é seu público, como o segmento funciona, quais são concorrentes e outros players da área, como a empresa se destaca dos demais, quais os pontos fortes e fracos, quais os produtos ou tipos de serviço que ofertam e por fim até mesmo os detalhes de cada um, etc.
3.4 – Briefing para criação de materiais gráficos:
Antes de tudo, compreenda como o material será utilizado e, com base nisso, obtenha mais detalhes, como, por exemplo:
1- O que a empresa vende
2- Qual seu público
3- Quais são as dores da persona
4- Quais gatilhos mentais iriam reter a atenção seletiva da persona
5- Qual o formato do material, se é um folder, flyer, catálogo, etc
6- Qual o orçamento disponível para a produção (impressão).
Aqui trouxe o panorama de apenas alguns tipos de serviços em que o briefing é necessário, agora você já pode colocar a mão na massa e começar a mapear os principais pontos a serem compreendidos antes de iniciar um novo trabalho.
Lembre, o briefing é a base para a definição de estratégias e ações. Por isso, trate essa etapa com a importância que ela merece. Escute seu cliente, provoque-o a refletir, faça perguntas, valide suas ideias e cave a discussão o mais fundo possível. Com certeza isso fará toda diferença para uma entrega de sucesso!